Fim do jornalismo de proximidade
Hoje, o jornal Público noticia que "Numa semana Guimarães ficou sem metade da imprensa local”. Episódios destes repetem-se semanalmente no nosso País, ora anunciando o fecho de jornais, muitos deles regionais, ora anunciando a diminuição de jornalistas nos jornais.
O fecho de jornais regionais provoca o isolamento das regiões, uma vez que os meios nacionais não irão noticiar, investigar e divulgar o que cada região tem ou faz. Faz com que as gentes da região conheçam cada vez menos o local onde habitam. Perde-se a divulgação do que se faz na região. Impossibilita que as micro e pequenas empresas divulguem as suas atividades económicas. Impede que cada região se mostre a si própria. Deixa de haver o papel fiscalizador da coisa pública do jornalismo de investigação a nível local e regional. Cada região perde democracia, uma vez que se deixa de abordar questões de interesse local e regional. Perde cidadania, uma vez que deixa de haver a força de um jornal para debater temas de interesse local e regional. Perde proximidade com as pessoas comuns. Perde informação. Perde cultura. Perde história.
Ou seja, não é uma perda. São várias…
Tenho medo, muito medo, do que poderá acontecer aos “nossos” jornais, Diário do Alentejo e Correio do Alentejo…