O ‘não’ Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) em Beja
Na passada semana, foram colocadas nas caixas de correio dos munícipes de Beja um folheto informativo intitulado “Informação de 28 de setembro de 2012 - Programa de Apoio à Economia Local”. Desde há algum tempo que acompanho esta medida de apoio ao poder local, que no início era péssima, uma autêntica ‘Troika’, mas em que o Estado Português é o mandante e as Câmaras Municipais seriam o povo, obrigados a ficar a pão e água. Mas devido as numerosas críticas vindas do poder local, as regras mudaram, o programa de apoio ficou mais suave, tendo mais viabilidade para que cumprisse o seu objetivo: ajudar os municípios com dívidas.
O atual executivo da Câmara de Beja decidiu aderir ao PAEL. A CDU, com maioria na Assembleia, chumbou. Porquê? Ninguém sabe.
A recusa por parte dos eleitos da CDU revela guerrilha e política de baixo nível, que ao chumbar este plano faz com que as dívidas aos fornecedores e entidades da cidade não possam ser pagas de imediato. Este pagamento permitiria um autêntico alívio e em alguns casos, seria responsável pela sobrevivência dessas mesmas instituições. Além disso permitiria reduzir os custos da dívida, uma vez que com este plano, os juros da dívida da Câmara baixariam, poupando no futuro milhares de euros à Câmara de Beja.
De toda esta história, o que contemplo é má política e mesquinhez, que vai provocar danos financeiros para a Câmara porque não poderá financiar-se de forma mais barata e para algumas instituições da cidade, que poderão ter de fechar as suas portas, sem a ajuda e o financiamento da Câmara Municipal.
Numa democracia é necessário haver “bons” governantes, mas também “boas” oposições.