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Mais Beja

Mais Beja

Política nacional

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Por vários motivos, escrevo pouco no blogue sobre política, em especial, política nacional. Mas, há vários meses que ando em choque. Não tanto pelas últimas revelações de José Sócrates. Quem lê jornais diariamente já sabia de tudo sobre o que foi transmitido na SIC. Fico incrédulo com as voltas que os partidos conseguem dar nas suas propostas pré-eleitorais, convicções, valores e ideologias.

Mário Centeno, não é de esquerda. Nem de centro. É de direita! Se o Passos Coelho queria ir “além-da-Troika”, o nosso “CR7” das finanças, quer ir para “além-do-défice”. Com esta visão cega, capturou todos os ministérios, desde a saúde até às obras públicas. Todo o país está dependente não de um programa ou plano nacional de cada ministério, mas da folha Excel de Centeno.

O PSD, de manhã é de direita, quando exige menos Estado para reduzir os impostos e o défice, à tarde é de esquerda, quando quer mais Estado para exigir melhores serviços públicos e depois de jantar é de António Costa, quando realiza acordos com o Partido Socialista. Tudo depende do tema nacional em voga no momento. Quer agradar a todo o eleitorado, mas não tem plano ou caminho.

O BE, PCP e Os Verdes, também foram engolidos por Mário Centeno. Exigem mais serviços públicos, menos privado, mais emprego e mais apoio social, mas no final, nada conseguem ou conquistam. Ganha sempre o Centeno. A única vitória, foi do PCP, com a reversão da privatização da Carris e a redução da participação dos privados na TAP. De resto, a esquerda só tem engolido sapos, suportando as situações mais desagradáveis e contra a sua ideologia, sem grande alarido ou manifestação.

 

O país real não é o Portugal de António Costa, que já recebeu inúmeros recados do Presidente da República. Portugal, não é o sucesso e motor de crescimento (% do PIB) da Europa. Continuamos a ser o país dos salários baixos e estagnados, impostos elevados, da cultura de trabalho inimiga do mérito, da habitação cara, da eletricidade e combustíveis elevadíssimos, que nos rouba todo o salário, da emigração, da fuga das empresas e empresários aos impostos e da desvalorização do trabalhador face aos lucros e dividendos das empresas.

 

Como diz o povo, "são todos iguais!". E temos toda a razão!

Movimento Beja Merece Mais: Da cidade ou do distrito?

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Ouvi uma vez, e pensei que tinha entendido mal. Nem liguei. Depois, ouvi uma segunda vez e li uma terceira. Há pessoas do Baixo Alentejo que não assinam a petição porque o movimento é de Beja, isto é, exclusivo da cidade. Ora bem… não querendo ser antipático ou chamar ignorante a ninguém, pergunto a essas pessoas:

Quando as pessoas do distrito vão ao hospital, vão aonde? Ao hospital de Beja (Hospital José Joaquim Fernandes), certo? Ou vão ao "hospital de Castro Verde" ou "Barrancos"?

Um individuo que resida, por exemplo, em Serpa, e queira ir a Lisboa, que estrada apanha logo à saída de Serpa? A autoestrada A2? Ou primeiro o IP8 e depois de circular cerca de 80 km em péssimas condições de asfalto e segurança, entra na A2?

Se forem criadas empresas no sector da aeronáutica no Aeroporto de Beja, estas irão empregar dezenas ou centenas de pessoas de vários concelhos, como Ferreira do Alentejo, Aljustrel, Cuba ou Vidigueira. E não exclusivamente da cidade/concelho de Beja. Certo?!

E, para quem não sabe, administrativamente existe o Distrito de Beja, que engloba 14 concelhos (incluído Odemira).

O propósito do Movimento Beja +, é a luta por um Serviço Nacional de Saúde amplo e de qualidade, vias rodoviárias e ferroviárias seguras e confortáveis, e investimento público promotor de investimento de privado, gerador de emprego regional, dando resposta às necessidades e anseios das pessoas, vivam em Barrancos, Serpa, Castro Verde, Beja ou Ourique.

 

Se nada for feito, o Distrito de Beja continuará órfão e preso na pequenez e mesquinhez de quem cá habita.