Por todo o país, os locais mais belos e históricos encontram-se descaracterizados pela presença de cabos e caixas de distribuição de eletricidade e telecomunicações nas fachadas dos edifícios e via pública. Esta situação ocorre porque as empresas privadas só olham ao lucro e à poupança, uma vez que é mais barato passar os cabos pela fachada dos edifícios do que enterrá-los.
Beja, não é exceção, ocorrendo a conspurcação do espaço público da cidade. A câmara deveria combater e mudar esta situação, bem como a utilização do espaço público para a colocação de publicidade indevida, graffiti e lixo, danificando e alterando o património público e privado.
Esta foto é do Largo de São João (Beja), em que mal se consegue ver a placa informativa do nome da rua, tal é a quantidade de cabos e caixas de distribuição existentes.
A cidade de Beja assiste ao degradar de todo o seu património, seja municipal, regional (ex.: Museu Regional de Beja), privado (ex.: edifícios na Praça da República e Rua do Touro), religioso (ex.: Ermida de São Pedro) ou do governo central (ex.: antigo edifício do Governo Civil). Ao passear pela cidade, é possível verificar o estado de degradação a que chega os equipamentos fruto da ausência de um trabalho de manutenção rigoroso e permanente. No caso do Parque da Cidade de Beja (fotos abaixo), a manutenção tem sido apenas cortar a relva e apanhar o lixo que muitas pessoas insistem jogar para o chão (farão isso nas suas casas?).
Qualquer equipamento, com o uso e o passar dos anos sofrem desgaste e danos provocados por pessoas, animais ou árvores e requerem sempre obras para manter as características iniciais. Neste caso, é visível que o espaço não tem recebido as reparações necessárias de forma a manter-se um espaço de lazer agradável, bonito e seguro para todos, para o qual foi projeto. O problema não é de hoje ou de há 1 ano. Tem vários anos!
É urgente cuidar do património da cidade, e isso não tem sido feito, pelos menos, nos últimos 10 anos. Não é um problema exclusivo da câmara, mas de todos. No caso aqui retratado, a culpa é do município, que não adotou nenhum plano para recuperar a beleza do Parque da Cidade. Basta ver o estado degradante em que se encontra o WC público, deck e mobiliário exterior do único café existente no parque, tendo inclusive afugentado muitos clientes que frequentavam o local.