O museu, da responsabilidade da Câmara Municipal de Beja, encontra-se fechado ao público, e não houve qualquer informação sobre o motivo de encerramento. Este espaço acolhe parte das obras que o artista Jorge Vieira doou à cidade de Beja, sendo uma enorme mais-valia para a região.
Perante tal facto, relatado por vários turistas que são encaminhados até ao museu e batem com a cara na porta, vendo o seu objetivo frustrado, enviei as seguintes questões ao atual executivo da câmara:
Qual o motivo deste encerramento?
Será para reabrir? Quando?
Vai permanecer no mesmo local?
Os bejenses e a região ficam a aguardar pelas respostas.
Post scriptum: Até ao dia de hoje não recebi qualquer resposta (como é habitual) às questões colocadas, via e-mail, à Câmara Municipal de Beja. Notícia do Diário do Alentejo, 19 de agosto de 2019: "Museu Jorge Vieira reabre na Casa do Governador"
Portugal, com as suas cidades e vilas, possui uma enorme história, com um património vasto, rico e único. No passado, devido às guerras e conquistas, as cidades e vilas, construíam muralhas para se proteger. Hoje, após várias centenas de anos, essas muralhas estão reabilitadas e visíveis aos residentes e visitantes, de forma a serem contempladas e contarem um pouco da nossa história. Em Beja, como de costume, fazemos ao contrário. Como é possível ver nas fotos, a muralha junto ao castelo e que circunda a cidade, encontra-se tapada por casas (Rua da Guia e Rua da Muralha) e enormes árvores (Rua Antero de Quental - visível nas fotos), escondendo o nosso passado ao presente. Não seria vantajoso abater as árvores, expondo este monumento fantástico?
FOTOS: MAIS BEJA
Nesta foto, é apresentada a muralha da cidade espanhola de Ávila, totalmente visível, bela e impactante:
FONTE: DIÁRIO DO VIAJANTE
Ou a muralha do castelo de Loulé (Algarve):
FONTE: CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ
Para os mais sensíveis devido ao abate de árvores, poderiam ser plantadas o dobro do número de árvores abatidas, em outros locais e ruas, uma vez que existem inúmeros canteiros vazios por toda a cidade.
Beja tem de criar um plano estratégico e vasto para o seu património, e não andar, como tem andado nos últimos anos - diria, 14 anos -, a cuidar do seu património quando começa a ruir. Assim, nem turistas, nem residentes, nem passado ou presente.