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Mais Beja

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Dois anos de Paulo Arsénio na Câmara Municipal de Beja

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Já passaram 2 anos desde o início de funções do atual presidente da câmara, Sr. Paulo Arsénio. Metade do mandato. Como tal julgo ser um ótimo momento para realizar uma avaliação, pessoal, sobre o atual presidente e seu executivo.

Antes de prosseguir, pretendo esclarecer que não conheço pessoalmente o atual presidente da Câmara de Beja, o Sr. Paulo Arsénio, nem sou militante de qualquer partido, sendo a minha opinião livre e honesta, podendo conter alguns erros dado o distanciamento com que avalio.

 

Positivo:

A cidade assistiu nos últimos 2 anos a mais e melhor investimento na cultura. Atualmente, o programa do Cine-teatro Pax Júlia é mais vasto, eclético e de melhor qualidade.

Uma das fortes medidas foi o apoio às famílias com a redução da taxa de IMI e introdução da dedução por filho.

Há mais investimento privado na região, também em parte pelo momento económico no país, tendo a câmara surgido em todos os momentos, contribuindo para a sua concretização. Ninguém investe onde não é acarinhado, algo que acontecia no passado, segundo vários comentários pela cidade.

Abriu a cidade a todo o país. Hoje, quando algo de novo ou benéfico acontece na cidade, é notícia nos principais jornais nacionais, algo nunca visto. Sempre houve uma certa vergonha em divulgar o que cá se faz, mantendo tudo quase escondido.

Ouviu as reclamações dos munícipes e fez obra. Quantos presidentes de câmara, por exemplo, prometeram aumentar o apoio financeiro aos Bombeiros Voluntários de Beja e requalificar as estradas que servem as aldeias do concelho? Pelo menos, os 3 anteriores, mas nada fizeram. Ficaram-se apenas pela promessa.

Está a investir nas principais atrações turísticas da cidade, criando condições para que tenham as condições mínimas para a sua abertura e visitação (ex.: Ermida de Santo André).

Relativamente ao aeroporto de Beja, e mesmo a Câmara não sendo proprietária, o presidente tem a posição correta. Não entra em ilusões para entusiasmar o povo a curto prazo, surgindo posteriormente desilusões a médio e longo prazo. Pretende que o aeroporto se torne num local para empresas na área da aviação (manutenção e oficina) e escola de pilotos, capaz de gerar dezenas ou centenas de postos de trabalho. É absurdo e profunda ignorância pretender que o aeroporto seja complementar ao aeroporto de Lisboa ou traga milhares de turistas para a cidade, porque tal não irá acontecer. É utópico. Não há turistas que queiram conhecer uma cidade que se esgota em dia e meio.

 

Negativo:

Falta obra. Falta progresso. Mudar o muito que falta mudar. Não mudanças pontuais, como festivais e feiras, que duram 2 ou 3 dias, e depois tudo desaparece. É necessário mudanças estruturais: reabilitar as principais atrações turísticas da cidade, concluir e abrir o Centro de Arte e Arqueologia na Praça da República. Lançar um plano de reabilitação do Parque da Cidade, que se encontra em mau estado de conservação. Reabilitar edificíos em que a câmara é a proprietária (ex.: Praça da República) e arrendar a jovens moradores com rendas acessíveis e deslocalizar associações para outros edifícios públicos, encerrados há anos.

Sei que não é possível, financeiramente, realizar tudo, mas são ideias, que quando se concretizam, criam um impacto ao longo de 10/20/30 anos, deixando uma marco de mudança na cidade. Os festivais, feiras e mercados, criam um impacto na cidade e na economia local de 2 ou 3 dias, insuficiente para as reais necessidades da cidade, dos seus habitantes e empresários.

Falta lançar medidas progressistas prometidas há 2 anos. Dou como exemplo o Orçamento Participativo, a requalificação do Mercado Municipal de Beja, a criação da unidade móvel de pequenas reparações para pessoas carenciadas, a requalificação e modernização do Jardim Público e o Parque da Cidade, concluir a circular externa da cidade, que permita a ligação do Bairro da Conceição/Quinta d’El Rei à zona do Parque de Feiras e Exposições, criar o Provedor do Munícipe, etc. Ainda é possível concretizar muitas destas medidas, uma vez que ainda está a meio do caminho.



Relativamente à pessoa, o presidente Paulo Arsénio, sinto que é um homem apaixonado pela cidade e pelo seu trabalho na câmara. Quer mais e melhor para a sua cidade, e sente que o vai conseguir. Por vezes irrealista, outras vezes honesto e prudente, não prometendo o impossível, algo comum nos políticos. É um conhecedor profundo do concelho, não apenas da cidade.

Fala abertamente na sua página pessoal do facebook sobre os principais da cidade: estradas, jardins, lixo, rede de água, parque industrial, etc. É importante esse contacto, puro e espontâneo. Atualmente, usa a sua página para atacar os críticos e a oposição. Sinceramente, não deveria entrar nessas guerras inúteis porque em nada vão melhorar a cidade ou o seu trabalho. Aqui, no blogue, faço críticas ao executivo, mas nunca no sentido de denegrir ou ofender, e sim porque gostaria que houvesse mais “obra” e mais celeridade na concretização de algumas ideias/promessas.

 

Beja está a mudar. Não por culpa de um partido. Mas por culpa de um líder, Paulo Arsénio, e da sua equipa executiva. Daqui a 2 anos veremos se foi suficiente.