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Mais Beja

10
Nov20

Fará sentido parquímetros em Beja?

Mais Beja

Parquímetro Beja.png

FOTO: GOOGLE MAPS

 

Numa cidade pequena como Beja, em que não existem filas de trânsito, nem uma sobrelotação de veículos a entrar na cidade ou estacionamentos sempre cheios (basta ver os 2 parques de estacionamento subterrâneos), fará sentido existirem parquímetros nos locais onde as pessoas trabalham? Mais, quando qualquer pessoa que vá do ponto mais distante até ao centro da cidade, demore, de carro, cerca de 5 minutos, enquanto que se utilizar o transporte público (Urbanas) demora 4 vezes mais tempo.

Menos sentido faz, quando o comércio tradicional está a definhar ou prestes a entrar em insolvência, não conseguindo competir, em termos de preço, com as grandes superfícies, ficando ainda mais prejudicados com o facto de as grandes superfícies da cidade terem estacionamento grátis, muito dele com proteção face ao sol/chuva e existir sempre junto à entrada da loja.

Quem gere o estacionamento pago é uma empresa privada (empark) e existem contratos a cumprir, mas é absurdo haver estacionamento pago numa cidade como Beja. Em cidades pequenas, as câmaras deveriam acarinhar quem cá vive e quem vem para trabalhar, estudar ou visitar, e não tornar a vida cada vez mais difícil e dispendiosa financeiramente. Acredito que o valor pago pelos privados por estas concessões seja “apetitoso”, mas os efeitos negativos que gera, acredito, que sejam maiores.

Os parquímetros servem para cobrar os valores a quem estaciona e multar quem não paga. Ora, num país em que existe uma elevada carga fiscal, sendo das mais altas para quem tem carro (IVA, IUC, imposto sobre combustíveis, impostos ambientais, etc), esta é mais uma forma de tratar todos os proprietários de carros como uns endinheirados, com mansões e iates, quando não é verdade. Quem possui o carro, usa-o para trabalhar, ir buscar os filhos à escola ou ir às compras.