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Mais Beja

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Barragem do Alqueva: O sucesso social e económico contra as elites lisboetas

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FOTO: MAIS BEJA

 

A barragem do Alqueva, localizada no rio Guadiana, no Baixo Alentejo, é uma das maiores obras de engenharia de Portugal e um dos projetos mais ambiciosos da história do país. A sua construção visava transformar a região, em um motor de desenvolvimento agrícola, com a possibilidade de ter sempre água, ao contrário do que acontecia até à sua construção, marcada por um clima seco e solos áridos.

A ideia de criar um grande reservatório no Alentejo remonta ao início do século XX. No entanto, devido a questões políticas, ambientais e financeiras, a construção só teve início em 1998 e foi concluída em 2002. Em 2004, o enchimento da albufeira atingiu a cota máxima, formando o maior lago artificial da Europa Ocidental, com uma área de aproximadamente 250 km² e capacidade para armazenar 4 150 hm³ de água.

O impacto da barragem do Alqueva no Baixo Alentejo e no país Portugal foi enorme. Em primeiro lugar, a barragem tornou-se fundamental para a agricultura, permitindo a irrigação de 130 000 hectares do Alentejo, antes dependentes das chuvas irregulares. O projeto possibilitou a modernização da agricultura local, o aumento da produtividade e a diversificação das culturas, beneficiando milhares de agricultores. Além do setor agrícola, a barragem permite o abastecimento de água a 200 000 habitantes, bem como a produção de energia. Com duas centrais hidroelétricas, que permitem a produção de 520 MW e várias centrais fotovoltaicas instaladas, Alqueva contribui para a geração de energia renovável, ajudando a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e reforçando o compromisso do país com a sustentabilidade.

O turismo também foi impulsionado com a criação da albufeira. A paisagem transformada pelo grande lago atrai visitantes interessados em atividades náuticas, pesca, ecoturismo e enoturismo, fomentando o desenvolvimento económico da região.

A somar isto, foi divulgado este ano pelo presidente da EDIA, José Pedro Salema, que a receita fiscal gerada pelo Alqueva, foi de 3.000.000.000€, sendo que o seu custo total foi de 2.500.000.000€, dos quais cerca de metade foi suportado por fundos europeus e a outra metade pelo Estado português. Como é facilmente percetível, há um gigantesco lucro para o Estado português. A somar a isso, todo o projeto gera anualmente uma receita fiscal de 339 milhões de euros e a produção associada tem um valor de 3.3 mil milhões de euros.

 

O título desta publicação, tem a ver com o facto, de nos últimos 20 anos, várias elites, académicos e empresários de Lisboa, terem criticado o projeto de Alqueva, porque ao custo da obra, a água era absurdamente cara. O impacto social, económico e fiscal da obra, destrói tudo o que de mau foi dito e escrito por esta grande obra de engenharia portuguesa, sendo que todo o projeto é visitado por vários países do Mundo, como um excelente exemplo de como a água e a construção de uma barragem pode transformar uma região, gerando negócios, emprego, empresas, turismo e crescimento social e económico.