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Mais Beja

Mais Beja

Beja é a prova que o tamanho conta pouco

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É habitual os portugueses falarem do tamanho de algo, como se o tamanho fosse o pináculo para ser melhor, mais capaz ou mais rico. Os homens, gostam de falar do tamanho do seu órgão genital. As famílias, gostam de comparar o tamanho e marca do carro. Os locais, do tamanho e atrações da sua cidade.

Esta publicação pretende comparar 2 localidades do Baixo Alentejo: Beja, capital de distrito e Serpa, minúscula cidade, que num país qualquer europeu seria considerado um “bairro” de uma cidade ou uma aldeia, tal é a diminuta população. Mas, como é comum em Portugal, cada um gosta de agigantar-se, mesmo estando nu, pobre, sem comida e sem robustez física.

Pegando em duas notícias do jornal PÚBLICO, sobre o Museu Regional de Beja e a inauguração de um museu em Serpa, assistimos à realidade:

Beja tem um museu degradado que há mais de 2 anos aguarda a prometida requalificação: “Rico mas degradado, museu de Beja passa para a alçada da Cultura

Serpa, já possui vários museus e em 2021 ganhou mais um: “Museu do Cante inaugurado em Serpa

Beja, não consegue cuidar do museu que tem, deixando-o atingir um estado decrépito, enquanto Serpa, mantém e cria um novo museu.

 

Se dúvida houvesse, a cidade de Beja é a capital do maior distrito do país, em termos de território, no entanto, somos o antepenúltimo em termos de população e estamos no 19º de um total de 23 regiões (NUTS III), em termos de PIB (Dados de 2019. Fonte: PORDATA). Somos grandes de nada.

 

As pessoas (cidadãos comuns, políticos e empresários) que fizeram e fazem esta cidade, fizeram-nos chegar aqui, ao que somos hoje.

Em suma, temos aquilo que somos!

Conseguiremos inverter o rumo?