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Mais Beja

04
Set18

Hospital José Joaquim Fernandes e o futuro da saúde no Baixo Alentejo

Mais Beja

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Muito foi dito e escrito sobre o presente e o futuro do Hospital José Joaquim Fernandes (Beja) e toda a rede de centros de saúde, em jornais, rádios, redes sociais, cafés, etc. Não vou repetir os graves problemas presentes na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, nomeadamente, carência de profissionais de saúde, ausência de aquisição de novos equipamentos, fecho de serviços e camas hospitalares ou da não ampliação do único hospital do distrito, apesar de ter havido 2 projetos distintos para a sua expansão e melhoria. Nem irei descrever o que está à vista de todos, em especial, dos trabalhadores que não têm os recursos para prestar os melhores cuidados de sáude, nem de dar uma resposta célere aos problemas de doença e, mais importante, dos utentes e suas famílias.

Quero apenas dizer aquilo que sinto e vejo.

Portugal é um país pobre e fraco e, após a grande crise, passou a ter serviços públicos frágeis, subfinanciados, sobrecarregados, descapitalizados em recursos materiais e humanos, incapazes de satisfazer as necessidades fundamentais de todo o povo.

O Partido Socialista muito prometeu nas últimas eleições legislativas em 2015. O discurso era de esperança e mudança para um povo sacrificado pela troika. Mas, após 3 anos, nada fez. Prometeu apostar no interior do país e retomar os fortes investimentos nos serviços públicos, em especial, na educação, justiça e saúde. Mas a única mudança nesses ministérios foi a reposição de parte dos prémios, progressões na carreira e salários dos trabalhadores. É importante ter trabalhadores motivados, mas é insuficiente, ainda para mais quando a reposição salarial foi parcial. Há cerca de 2 anos, o Ministério da Saúde prometeu novos equipamentos de imagiologia (raio-x, TAC, ressonância magnética, entre outros equipamentos) para o único hospital do distrito e, até hoje, não há aparelhos. Os que existem, avariam constantemente. Também houve a promessa de médicos para todos os portugueses e só em Beja faltam 74 médicos para responder às necessidades da população.

E já chega de culpar a troika ou o anterior Governo. Já foi usado demasiadas vezes. Não estamos no final de 2015, estamos em 2018.

 

Para piorar a situação e a imagem dos políticos, o abandono do Baixo Alentejo acontece com total apoio do PCP, Os Verdes e BE, que apesar de o negarem, têm influência em tudo o que não foi realizado nos últimos 3 anos e acontecerá nos próximos 12 meses. Nas próximas eleições, terão de realizar um gigante malabarismo e ilusão, para explicar ao povo o porquê de terem apoiado um Governo que continuou a perpetuar o abandono do Baixo Alentejo e a subfinanciar a saúde, educação, justiça e transportes públicos.

E o que dirão os ferrenhos militantes, locais e nacionais, do PCP? Não era com eles a governar que o Baixo Alentejo mudaria!? Tiveram a faca na mão, e continuamos sem receber qualquer parte do queijo, apesar de contribuirmos, com os nossos impostos. O importante para o PCP é a festa do Avante. As câmaras municipais já estão a fugir do domínio comunista, para, talvez, nunca mais regressarem.

 

O Governo do Partido Socialista, limita-se a dizer que está tudo bem, num país doente. Como fez durante os fogos do ano passado. Apenas tem a apresentar contas sãs. Mas do que é feito um país? De pessoas ou números numa folha excel?

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