Orçamento do Estado de 2025: O primeiro do PSD/AD
O atual debate sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2025 tem sido mesquinho, pouco inteligente e bastante confuso, porque todos os partidos da oposição querem “ganhar” algo, utilizando todos os truques e aldrabices para tal. Só o PSD (Partido Social Democrata) / AD (Aliança Democrática, que une PPD/PSD, CDS-PP e PPM), vencedor nas últimas eleições, parece estar simplesmente a fazer o seu trabalho, que é elaborar um OE capaz e entregá-lo a tempo.
O Partido Socialista (PS), age como se não tivesse governado durante os últimos 8 anos, exigindo que o OE de 2025 seja escrito de acordo com as suas vontades e ideias, com a promessa de resolver os problemas do Estado. Ora bem, alguém que diga aos deputados do PS que nas últimas eleições ficaram em 2º lugar.
Nos últimos 2 meses, têm exigido mais educação, investimento na saúde, reforma do Estado, melhoria dos salários e dos serviços públicos. Um partido que governou durante 8 anos, com e sem maioria absoluta, com uma receita fiscal a crescer quase 20%, com excedentes orçamentais, porque não fez o que hoje diz que se devia fazer, tentando inclusive mudar um OE que não é seu?
Depois, surge Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, autêntico porta-voz do PS, que ao enviar recados face à proposta OE de 2025, esquece-se que ele também escreveu OE (foi Ministro das Finanças de 2019 a 2020), que terminaram com “sucesso”, porque usou uma estratégia pouco inteligente, que foram as cativações em todos os serviços essenciais do Estado, que obrigava os serviços públicos a não gastarem o dinheiro que tinha sido orçamentado 12 meses antes. Ora, essa estratégia, trouxe-nos até hoje, com serviços públicos péssimos, lentos e sem trabalhadores ou com trabalhadores com idade avançada e desmotivados devido aos baixos salários da função pública.
Outra estupidez do PS, é tendo sido o 2º partido mais votado e sido relegado para a oposição, querer um OE “à sua medida”. Não é justo, nem democrático, o partido da oposição ditar as políticas escritas no documento mais importante do Estado.
O PSD, criou um OE que poderia ser do PS. Zero de reformas, sem redução de impostos para as famílias, existindo a exceção para as empresas, que têm uma redução de 1% no IRC ou os jovens, que têm uma redução no IRS ao longo de 10 anos. Mas ao contrário do PS, resolveu muito do descontentamento que persistia nos trabalhadores que desempenham funções fundamentais no Estado, como os polícias, guardas prisionais, professores, enfermeiros e militares. Com relativo reconhecimento remuneratório, trouxe paz social em várias áreas profissionais, trazendo alguma acalmia no país. Além disso, está determinado em melhorar as condições remuneratórias e de trabalho na função pública para atrair pessoas para a administração pública, que está muito desqualificada e descapitalizada.
O Chega, partido unipessoal de André Ventura, não está preocupado com o país ou em promover o bem-estar social e crescimento económico. Ele é um cata-vento, que apenas quer governar para destruir tudo o que a democracia nos deu. E a democracia, com todas as virtudes e defeitos, ainda é o melhor sistema político que existe. E negar ou mudar isto, é um crime à nossa história escrita por milhões de portugueses.
André Ventura representa o pior que há no ser humano: mente descaradamente, muda de opinião vários vezes durante o dia, não tendo um fio condutor ou estratégia, cria intrigas, pisa tudo e todos para vencer e faz renascer a discriminação e o ódio entre as pessoas.
A extrema-esquerda, onde se inclui Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português (mascarado de CDU na Assembleia), acusa o PSD de apresentar políticas de extrema-direita, num OE que poderia ser do PS. Só uma cegueira ideológica e partidária, pode dizer que o OE é de extrema-direita. Mais absurdo se torna, quando no tempo da geringonça, estes partidos apoiaram o PS, que manteve muitas das medidas impostas pela Troika.
Outra mentira perpetrada diariamente pela extrema-esquerda, é colar o PSD ao Chega, quando, de forma inequívoca, Luís Montenegro virou as costas a André Ventura e ao seu partido. O PSD, pode ter vários defeitos, mas neste aspecto não tem falhado nos últimos meses, ao recusar tudo o que o Chega tem proposto.
No final, acredito que o OE será viabilizado porque a oposição não tem garantida a vitória em eventuais eleições. Ou seja, é tudo estratégia eleitoral e de vitória de cada partido. Não há um senso de bem comum para a nação e seu povo.
No documento de 469 páginas, encontra-se vertido, para o concelho de Beja, a promessa de “ampliação e requalificação profundas do Hospital Joaquim Fernandes em Beja” (página 37 e 273) e a requalificação do “IP8 (EN259) - Santa Margarida do Sado/Ferreira do Alentejo” e “IP8 (EN121) - Ferreira do Alentejo” até Beja (página 151). Poderia dizer-se que é pouco para o distrito de Beja, mas se vir trabalhadores e máquinas nestas 2 obras, diria que fizeram mais em 1 ano do que o PS em 8 anos.