Rua de Dom Afonso III - Feia, suja e insegura para peões
A Rua de Dom Afonso III, em Beja, vai desde antiga ESTIG (edifício da REFER/Infraestruturas de Portugal e hoje abandonado) até à rotunda de Serpa, apresenta vários problemas, incompreensíveis numa cidade que aspira a ser uma referência no sul de Portugal, tendo já abordado o tema há 5 anos.
Nesta rua, existe uma paragem de autocarros regionais, junto ao antigo armazém “Casa Rodrigues” e duas paragens de Urbanas (transporte público dentro da cidade), que não oferecem qualquer conforto e segurança aos utentes dos transportes públicos. Só mesmo os próprios utilizadores sabem onde ficam, sendo impercetível a quem lá passa. Em dias de chuva ou de intenso sol, os utentes não têm qualquer proteção, uma vez que não existem no local abrigos para passageiros.
Na zona junto à empresa Maquirural e Garrafeira Soares, os problemas são maiores, uma vez que em certas zonas não existe calçada, as valas por onde escorre a água da chuva estão a céu aberto, servindo para depositar lixo e traz insegurança pelo risco de quedas.
Nos troços junto das casas em que existe calçada, o piso encontra-se irregular, é ocupado por carros estacionados em cima do passeio, obrigando os peões a circular na estrada, lado a lado com os carros, numa estrada muito movimentada, por ser zona de entrada/saída da cidade, e acesso a vários bairros (Quinta Del Rey, Pelame, Conceição e Esperança), bem como ao parque industrial e Beja Retail Park.
O problema, nos últimos tempos agravou-se uma vez que nesta rua surgiram novos negócios e mais habitações, como o Edifício D. Afonso III e moradias, bem como a passagem de mais peões, uma vez que esta é a única via de acesso pedonal ao Beja Retail Park.
Quando o básico não é executado, resta-me poucas palavras para elogiar. E, não querendo ser demagogo, preferia que não houvesse durante 2 ou 3 anos festivais como Beja Romana, “Baja TT Montes Alentejanos” ou Patrimónios do Sul, mas as pessoas, ao saírem de casa, terem uma rua com calçada, segura e limpa ou um pequeno parque ou jardim no seu bairro para passear ou deixar as crianças brincarem e terem gosto em cá viver.
Para dar nota aos bejenses, cada edição do “Baja TT Montes Alentejanos”, envolve um patrocínio financeiro no valor de 25.000€, a somar a outros apoios, como cedência de instalações gratuita, isenção de taxas, etc. O Patrimónios do Sul, com duração de 3 dias, na edição de 2022, teve um custo de 350.000€. Não sou contra esses eventos, mas há prioridades. Uma família, se tiver de escolher entre os livros para a escola dos filhos ou umas cervejas no café, qual opção deverá tomar?
Beja é uma miragem de uma cidade europeia. E, seguramente, não é por falta de dinheiro na Câmara Municipal de Beja.
FONTE: GOOGLE MAPS. RUA DOM AFONSO III